sábado, 26 de fevereiro de 2011

Aids está migrando para cidades menores do Brasil, diz governo


Aids está migrando para cidades menores do Brasil, diz governo

Vírus da Aids
Segundo governo, epidemia de Aids é estável no Brasil
Dados divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério da Saúde apontam que a epidemia de Aids no Brasil está migrando para as cidades com menos de 50 mil habitantes, enquanto a taxa de incidência nos grandes centros urbanos de mais de 500 mil habitantes diminuiu.

De acordo com dados do Boletim Epidemiológico Aids/DST do Ministério da Saúde, embora ainda concentrem a maioria (52%) dos casos de Aids no Brasil, os grandes centros urbanos do país registraram uma queda de 15% na taxa de incidência da doença (número de casos a cada 100 mil habitantes) entre 1997 e 2007.
Neste mesmo período, no entanto, a taxa de incidência em cidades menores, com menos de 50 mil habitantes, praticamente dobrou.
O crescimento nos casos da doença em municípios pequenos e a diminuição nas cidades maiores foram registrados nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste do país.
Nas regiões Norte e Nordeste, no entanto, foi registrado um aumento na taxa de incidência entre 1997 e 2007 tanto nas cidades grandes quanto nas pequenas.
Regiões
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, a região Sudeste concentra o maior número de casos de Aids registrados no país, com 59,3% das notificações acumuladas entre 1980 e junho de 2009.
Em segundo lugar vem a região Sul, com 19,2% dos casos; em terceiro o Nordeste, com 11,9%; seguido por Centro-Oeste, com 5,7%; e Norte, com 3,9%.
O boletim ainda destaca um outro aspecto na distribuição geográfica dos casos de Aids nas regiões brasileiras no ano de 2007.
Segundo o documento, apesar de concentrar apenas 15% da população brasileira, a região Sul registrou 24% dos casos identificados da doença naquele ano, enquanto o Nordeste, que concentrava 28% da população, tinha 17% dos casos.
O documento afirma que, nas outras regiões, a distribuição dos casos era proporcional à distribuição populacional.
Estados
Os dados do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde ainda apontam que o Estado que apresentou a maior taxa de incidência da doença em 2007 foi o Rio Grande do Sul, com 43,8 casos por 100 mil habitantes.
Em seguida vêm Rio de Janeiro e Santa Catarina, com 28,9 e 28,4 casos a cada 100 mil habitantes respectivamente.
Entre as capitais, Porto Alegre foi a cidade com maior taxa de incidência de Aids em 2007, com 111,5 casos a cada 100 mil habitantes.
Em segundo lugar entre as capitais vem Florianópolis, com 57,4 casos a cada 100 mil habitantes.
Mulheres
O Boletim Epidemiológico 2009 também aponta que a taxa de incidência de Aids entre mulheres acima de 50 anos praticamente dobrou entre 1997 e 2007, passando de 5,2 por 100 mil habitantes para 9,9.
Neste mesmo período, entre os homens com mais de 50 anos, a taxa passou de 12 casos a cada 100 mil para 18.
As maiores taxas de incidência de Aids tanto entre homens quanto em mulheres, no entanto, está nas pessoas entre 25 e 49 anos.
No total, de 1980 a junho de 2009, 65,4% dos casos de Aids foram registrados em homens e 34,6% em mulheres.
Esta proporção, no entanto, se inverte quando se analisa o grupo de infectados que entre 13 e 19 anos de idade, onde o número de casos entre mulheres é maior que o de homens.
De acordo com o Ministério da Saúde, nesta faixa etária, há oito casos de meninos infectados para cada dez casos de meninas.

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