sábado, 26 de fevereiro de 2011

Cientistas desenvolvem nova droga contra HIV


Cientistas desenvolvem nova droga contra HIV

23 de dezembro de 2010 | 0h 00
- O Estado de S.Paulo
Um grupo internacional de pesquisadores desenvolveu um novo remédio capaz de bloquear a entrada do vírus HIV nas células. O medicamento foi inspirado em uma proteína que o próprio organismo humano produz.

A descrição do novo remédio foi publicada na última edição da revista Science Translational Medicine. Os autores advertem que o tratamento com a substância ainda é caro e deve ser administrado por via intravenosa.
Guillermo Giménez, do Centro de Pesquisas Biológicas, na Espanha, disse que a terapia comprovou seu êxito em 18 pacientes infectados pelos HIV, em ensaios clínicos de fase 1 e 2. Na fase 1, observa-se se o composto é tóxico para indivíduos sadios. Na fase 2, a substância é aplicada em um número restrito de pacientes e se começa a avaliar sua eficácia. Os próximos passos seriam as fases 3 e 4, quando se verifica, respectivamente, a eficácia do tratamento em comparação com terapias existentes e a efetividade da droga em uma população real de doentes.
O novo fármaco provoca poucos efeitos adversos, pois é derivado de uma pequena proteína - chamada virip e descoberta em 2007 - que o próprio organismo humano produz para se defender de outros vírus.
Os cientistas sintetizaram 600 variantes da virip para verificar se alguma era eficaz contra o HIV. A variante VIR-576 mostrou ótimos resultados. "Aumentamos a potência de uma molécula que todos temos no organismo", afirmou Giménez, coordenador da equipe espanhola.
O HIV depende de uma proteína chamada gp41 para invadir as células humanas. A VIR-576 liga-se à gp41 e impede que ela realize seu papel na infecção.
Dois medicamentos já atuam de forma parecida: o maraviroc e T-20, mas ambos possuem limitações como a existência de várias cepas resistentes.
Os pesquisadores procuram criar um medicamento que imite o princípio de ação do VIR-576, mas seja barato de produzir e possa ser administrado por via oral. / EFE 

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